MORFOLOGIA DAS SUTURAS CRANIANAS EM NEONATOS COM DIFICULDADE DE AMAMENTAÇÃO
Resumo
O leite materno tem inúmeras vantagens, entre elas, a diminuição da morbimortalidade infantil. Por esse motivo, a OMS e o Ministério da Saúde recomendam que os bebês sejam amamentados exclusivamente até os seis meses de idade, porém, são poucas as mães que alcançam essa meta, pois metade delas interrompe a amamentação de forma precoce devido a problemas biomecânicos do primeiro mês. Alguns autores relacionam a presença de disfunções cranianas e alterações de suturas cranianas às dificuldades de amamentação. Objetivo: Identificar a morfologia das suturas cranianas em neonatos com dificuldade na mamada. Materiais e métodos: Foram entrevistadas as mães em fase puérpera internadas no setor de maternidade do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) que relatassem dificuldade do recém-nascido para amamentação e posteriormente, foi realizada uma avaliação osteopática da morfologia craniana do bebê. Resultados: 100% da amostra possuíram alteração no alinhamento das suturas cranianas, a maior incidência foi sobre a sutura lambdoidea com 88%, em seguida sutura sagital com 79% e coronal com 74%. Conclusão: Os resultados sugerem que a presença de disfunções nas suturas cranianas predispõe a dificuldade na mamada, porém a literatura é escassa, sendo necessário mais estudo sobre o assunto.
Referências
BAIÃO, Mirian Ribeiro; DESLANDES, Suely Ferreira. Alimentação na gestação e puerpério. Revista de Nutrição, v. 19, 2006.
BRASIL. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. Ministério da Saúde, 2015.
CADWELL, Karin. Latching-on and suckling of the healthy term neonate: Breastfeeding assessment. Journal of midwifery & women’s health, v. 52, 2007.
FAJARDO, F. Tratado integral de osteopatía pediátrica, Editorial Dilema. Madrid, 2010.
FALCÃO, Mário Cícero; CALIL, Valdenise Martins Laurindo Tuma. Composição do leite humano: o alimento ideal. Revista de Medicina, v. 82, 2003.
FRYMANN, Viola M. Relationship of craniosacral mechanical disorders to newborn symptoms: study of 1250 children. Journal of the American Osteopathic Association, 1966.
HERZHAFT-LE ROY, Juliette; XHIGNESSE, Marianne; GABOURY, Isabelle. Efficacy of na osteopathic treatment coupled with lactation consultations for infants’ biomechanical sucking difficulties: A randomized controlled trial. Journal of Human Lactation, v. 33, 2017.
HIGA, Jessica Yumie; VILAGRA, José Mohammud; AMARO, Fernanda Lucasynski; GOBO, Ana Paula Simm. A influência do tempo de internamento hospitalar e a prevalência de assimetrias cranianas em recém-nascidos. Revista Varia Scientia, v.4, 2018.
IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO. Cartilha de amamentação. São Paulo. 2018. Disponível em: https://www.santacasasp.org.br/portal/site/pub/12736/cartilha-de-amamentacao >. Acesso em: 18 out. 2020.
LALAUZE-POL, Roselyne. Le crâne du nouveau-né: des contraintes foetales et leurs enjeux neurologiques aux répercussions chez l'adulte. Sauramps médical, 2009.
LINZ, Christian et al. Positional Skull Deformities: Etiology, Prevention, Diagnosis, and Treatment. Deutsches Ärzteblatt International, v. 114, 2017.
MARTÍNEZ-LAGE, Juan F. et al. Positional skull deformities in children: skull deformation without synostosis. Child's Nervous System, v. 22, 2006.
SERGUEEF, N. Cranial Osteopathy for infants, children and adolescentes. Editora Churchill Livingstone, 2007.
TOMA, Tereza Setsuko; REA, Marina Ferreira. Benefícios da amamentação para a saúde da mulher e da criança: um ensaio sobre as evidências. Cadernos de Saúde Pública, v. 24, 2008.
VILAGRA, J., ABICO, R., ABICO, S., GRANDO, F., DA SILVA, R. Efetividade do tratamento manipulativo osteopático nos sinais vitais, em neonatos com disfunção de sutura craniana. Fag Journal of Health, v.2, n.4, p.445-451, 2020. https://doi.org/10.35984/fjh.v2i4.282
XAVIER, S.O. Deformidade craniana do recém-nascido prematuro: implicações para a equipe de enfermagem. 2011. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Universidade Federal do Estado de Rio de Janeiro – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – CCBB, Rio de Janeiro, 2011.
Copyright (c) 2021 FAG JOURNAL OF HEALTH (FJH)

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os Autores que publicam nesta revista concedem à Revista FAG Journal of Health uma licença mundial, sem royalties, sujeita aos termos e condições da Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Brasil Creative Commons Attribution License
Os autores concedem à FAG Journal of Health todos os direitos autorais sobre os artigos nela publicados, que os mantêm com exclusividade até o advento de domínio público sobre os mesmos.