AVALIAÇÃO DO GANHO DE PESO RELACIONADO AO TIPO DE LEITE ADMINISTRADO EM PREMATUROS DE UM HOSPITAL DO MUNICÍPIO DE CASCAVEL – PR

Resumo

O ganho de peso é um aspecto fundamental para o desenvolvimento de bebês, principalmente tratando-se de prematuros. O ganho de peso no útero materno, assim como a manutenção desse peso posterior ao nascimento, são fatores relacionados diretamente a saúde dessa criança. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o ganho de peso de prematuros, de acordo com o tipo de leite administrado e de acordo com a via de administração. Para desenvolvimento da pesquisa, foram coletados os dados de peso registrados em prontuários já existentes de bebês prematuros, que nasceram antes de completar 37 semanas de gestação de ambos os sexos, internados, entre janeiro de 2018 e março de 2019, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal de um Hospital da Cidade de Cascavel, Paraná. O ganho de peso dos bebês, foi tabulado sob dois critérios de três grupos cada um, o primeiro foi analisado sob o critério do tipo de leite administrado aos bebês, e os grupos foram separados em: Grupo 1: Leite materno; Grupo 2: Fórmula infantil; Grupo 3: Leite materno + Fórmula infantil. O segundo critério utilizado para definir os grupos foi a via de administração do leite, sendo eles: Grupo A: Sonda; Grupo B: Via oral; Grupo C: Sonda + Via oral. Verificaram-se os seguintes resultados para o ganho de peso dos bebês segundo o tipo de leite que consumiram: 564±555,75 g para o Grupo 1; 595±288,65 g para o Grupo 2 e 473,14±658,05 g para o Grupo 3. Entretanto, para o ganho de peso dos bebês em relação à via de administração dos leites, os resultados foram os seguintes: 1050,36±734,37 g para o Grupo A; 535±747,37 g para o Grupo B; 331,53±335,77 g para o Grupo C. Analisando os dados do ganho de peso dos bebês segundo o critério do tipo de leite que consumiram, observa-se uma uniformidade nos resultados dos três grupos. Por outro lado, o ganho de peso dos bebês segundo o critério da via de administração do leite, o grupo que apresentou uma média de ganho de peso, evidentemente, maior do que as outras vias de administração foi o grupo A, justificando-se pelo fato de que o gasto energético na alimentação via sonda é menor do que na via oral, onde o bebê gasta mais energia na força da sucção. Por tanto, conclui-se, que segundo as amostras coletadas, o tipo de leite não influenciou no ganho de peso dos bebês, mas, a via de administração desses leite sim, pois o grupo que consumiu o leite por sonda, foi o grupo que apresentou o maior ganho de peso.